O
Iodo é, sem dúvida, o nutriente menos estudado e compreendido do corpo
humano. O seu uso, como simples elemento para tratar uma doença
específica, ocorreu no início do século XX e foi usado pela primeira vez
para tratar o bócio tireoidiano.
O Iodo é essencial para o metabolismo da
tireóide, mamas, mucosa gástrica e próstata. É também um poderoso
eliminador de toxinas do organismo e modulador do sistema imune.
A sua deficiência está correlacionada com o risco de câncer de mama, próstata, endométrio, ovários, tireóide e estômago.
A tireóide contém apenas 50 mg de iodo,
enquanto o corpo humano, como um todo, armazena em torno de 1.500 mg de
Iodo. Toda célula do corpo humano necessita de iodo e sua concentração é
maior no sistema glandular: mamas, glândulas salivares, parótidas,
pâncreas, mucosas gástricas, próstata, glândulas lacrimais, sendo também
usado pelos glóbulos brancos para promover a defesa do organismo contra
infecções.
Segundo o "National Health And Nutrition
Examination Survey" (NHANES), houve uma diminuição superior a 60% na
ingestão de iodo nos últimos 30 anos. Hoje, podemos considerar a
deficiência de iodo como um problema de saúde pública em mais de 120
países, pois algo em torno de 72% da população mundial é afetada por
isso. Segundo o Dr. Gabriel Cousens, são cerca de 96% da população
americana.
As mulheres japonesas são as que
consomem maior quantidade de iodo dentre todas as mulheres no mundo. E o
Japão tem a mais baixa taxa mundial de mortalidade perinatal! Os
japoneses ingerem 13,8 mg de iodo marinho/dia, o que corresponde a 92
vezes a dose recomendada no Brasil e nos Estados Unidos.
A deficiência de iodo leva à formação de
cistos que progridem para nódulos e formam fibroses que podem evoluir
para tumores na tireóide, mamas, útero, ovários e próstata.
Existe na classe médica e na população
um medo enorme de se fazer uso de iodo/iodeto, inorgânico, não
radioativo (Iodo 127), dentro de uma dosagem que é sabido ser segura e
eficaz na prevenção e tratamento de várias patologias. O Dr. Guy
Abraham, uma das maiores autoridades mundiais na suplementação de iodo
afirma que: "A Iodofobia médica pode ter causado mais sofrimento e morte
humana que as duas grandes guerras juntas, deixando de prevenir
patologias com doses diárias de iodo necessárias para a otimização
física e da saúde mental".
As duas formas de iodo não radioativo – Iodo (I2) e Iodeto de potássio (KI = sal de iodo) - são usadas diferentemente por diferentes órgãos do corpo humano.
O esôfago, o estômago e a próstata usam Iodo.
A tireóide, glândulas salivares e a pele usam Iodeto.
As mamas usam tanto o Iodo quanto o Iodeto.
A solução de Lugol é constituída de
ambas as formas: 1% de Iodo estabilizado com 2% de Iodeto de potássio.
Por isso é a mais conhecida e receitada pelos profissionais da saúde que
não fazem parte dos iodofóbicos, sendo esta solução muito eficaz na
prevenção de inúmeras doenças.
O Dr. Michael B. Schachter recomenda: "A
dose de Iodo para tratamento ou prevenção em pacientes com
insuficiência de Iodo é de 12,5 a 50 mg diárias. Sendo que 2 gotas de
solução de Lugol contêm 12,5 mg de Iodo/Iodeto.
Sem iodo suficiente, a tireóide não
consegue produzir os seus hormônios em quantidade adequada para uma boa
saúde. Esta deficiência de iodo é responsável pela hipertrofia da
tireóide, que começa a crescer na tentativa de captar mais iodo do
corpo. O bócio pode aumentar até o tamanho de uma laranja ou maior ainda
na face anterior do pescoço, por baixo do queixo. Os distúrbios por
deficiência de Iodo são problemas sérios de saúde, como: bócio, abortos
prematuros, retardamento mental, cretinismo, mal de Parkinson, etc.
Quem toma hormônios tireoidianos precisa
fazer suplementação de iodo, pois o seu consumo será muito maior. Caso
contrário, o organismo vai utilizar o iodo de outras partes do corpo.
O hormônio que estimula a tireóide,
tirotrofina ou TSH (Thyroid Stimulating Hormone) é um estimulador que
induz a atividade da tireóide. O TSH estimula a tireóide a secretar o
hormônio tiroxina (T4) que é convertido em T3, o hormônio ativo que
estimula o metabolismo do corpo. Quando o T4 não é convertido em T3,
ocorre o metabolismo basal, ou hormônio da hibernação, ou T3 reverso,
pois altera a quantidade calórica que o corpo necessita mantendo-se em
permanente repouso e a pessoa engorda.
Segundo o Conselho Internacional para o
controle de transtornos de deficiência de iodo, apenas 74% da população
brasileira tem acesso às quantidades mínimas necessárias para evitar os
males da deficiência. A adição de 20 a 60 mg de iodo/quilo de sal é
muito pouco, pois o ideal de consumo projeta uma adição de 2,5 g/quilo,
para um consumo diário de 5 g de sal/dia.
Mas o uso do iodo no sal é algo
muito perigoso porque trata todas as pessoas da mesma forma, com ou sem
deficiência, com alto ou baixo consumo de sal. Ademais, trata-se de uma
reposição via oral, forma que inviabiliza a percepção de continuidade ou
não do tratamento... Aliás, tratamentos caseiros de automedicação via
oral são para mim seriamente irresponsáveis, principalmente quando
estamos mechendo com halogênios (fluor, cloro, iodo, bromo e césio).
Para quem pretende fazer um controle dos
níveis de iodo no organismo, é fácil realizar um simples teste e ver se
seu organismo tem iodo suficiente para garantir a produção de hormônios
tireoidianos. Mesmo aqueles que têm o diagnóstico de Hipotireoidismo e
fazem uso de suplemento oral de hormônios tireoidianos, podem testar
seus níveis de iodo. Níveis insuficientes de iodo podem impedir que os
hormônios tireoidianos sejam funcionais e ativos.
Um teste seguro, responsável e barato de se realizar
Pode-se mandar aviar um vidro de solução de iodo Lugol em farmácias ou drogarias de manipulação*,
sem prescrição médica. O teste da tireóide com iodo de Lugol é um
estudo fácil que você pode fazer e que não necessita de um médico
auxiliando. Utilize um cotonete ou pincel para pintar uma área de uns 10
cm2 em sua barriga ou no tórax. Observe atentamente ao longo
de 24 horas. Se a coloração sair em menos de 24 horas significa que o
iodo foi absorvido pelo corpo e a tireóide está com carência desta
substância. Neste caso você apresenta deficiência de iodo.
(*) Não existe pronto, somente encomendando a seguinte fórmula do Lugol:
1% de IODO (I2) estabilizado com 2% de Iodeto de Potássio (KI) - solução alcoólica.
1% de IODO (I2) estabilizado com 2% de Iodeto de Potássio (KI) - solução alcoólica.
Sacada de MESTRE
Você pode usar o mesmo sistema do teste para corrigir seus níveis de iodo
Como a deficiência de iodo faz com que a
mancha de iodo seja absorvida rapidamente, você pode começar a
"alimentar" seu corpo com o iodo que ele precisa. Quando a mancha
desaparecer reaplique o iodo de Lugol novamente após 24 horas e continue
observando para ver se a área pintada com a solução desaparece.
Gradualmente, assim que seu corpo absorve o iodo que precisa a mancha da
solução levará mais tempo para desaparecer. Uma vez que ela esteja
visível por mais de 24 horas pare o teste, seu corpo já deve ter
absorvido a quantidade de iodo suficiente para ajudar na produção
adequada de hormônio tireoidiano ou para usar como suplementação de
hormônios da glândula em questão.
Achei este método genial porque o
corpo informa, com precisão, do quanto ele precisa e assimila de
iodo/iodeto. Uma vez estabilizado o tratamento diário, fica interrompido
por 1 mês, quando se repete para nova avaliação e reposição.
CUIDADO
Outra opção de uso e correção do iodo no organismo é tomar diariamente 2 gotas de Lugol misturada em um pouco de água.
Esta outra opção não considero tão
interessante porque a pessoa não tem como saber se está realmente com
deficiência, se está exagerando na dosagem, se está saturando o
organismo de iodo etc. A pessoa NÃO TEM COMO saber qual a hora de parar...
Outros Cuidados
1. Se você tiver o diagnóstico de
hipertireoidismo ou uma tireóide hiperreativa, NÃO faça ingestão de iodo
para realizar testes de função tireoidiana. Seu corpo já está
produzindo mais do que o necessário de hormônios tireoidianos. Segundo
o Dr. Gabriel Cousens não é bem assim. Ele afirma que a tireóide pode
ter ficado hiperativa justo por deficiência de iodo. Ou seja, há que se
avaliar caso a caso e o teste de pintar o abdômen neste caso pode ser
uma grande saída e cura.
2. Há que se avaliar se a pessoa é alérgica ao iodo tópico.
Observação:
O tratamento e teste tópico com iodo de
Lugol deve ser repetido em períodos mensais se você estiver sendo
tratado de Hipotireoidismo ou de tireóide pouco reativa.
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